É grande a ansiedade do público pelo filme “Polícia Federal - A Lei é Para Todos”, que mostrará os bastidores da Operação Lava Jato. As notícias sobre as filmagens vêm sendo acompanhadas de perto e uma das últimas novidades publicadas foi a confirmação de que Ary Fontoura vai dar vida ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no longa-metragem. Em conversa com o “Ego”, o ator fala sobre o trabalho.
“Realmente houve o convite, mas estou na expectativa de que as filmagens comecem”, conta ele, conhecido por não omitir publicamente suas opiniões políticas. “Sou politizado enquanto cidadão, mas minha profissão é outra história. Não sou ligado a nenhum partido e só vou contar uma história que me foi dada, sem nenhum tipo de tendência para lá ou para cá”, frisa ele, que foi um grande crítico do governo da ex-presidente Dilma Rousseff e apoiou o impeachment.
Segundo Fontoura, ele não pretende encontrar Lula para fazer a composição de seu personagem. “Não há essa necessidade. O que já conheço é suficiente”, garante. “A história da Lava-Jato é muito conhecida, com personagens que todo mundo também já conhece. Estou fazendo uma história cuja finalidade é divertir e também mostrar um trabalho investigativo, o que o cinema brasileiro quase não tem feito”, completa ele.
Para algumas pessoas, o filme sobre a Operação Lava-Jato é um pouco precipitado, já que a operação ainda está em andamento. Esses defendem que seria mais prudente esperar o término das ações para depois começar a produção. Fontoura rebate esse posicionamento. “O filme não é precipitado. No regime democrático, o precipitado é encobrir as coisas. Abri-las, não”, opina. “Não acredito, por exemplo, que irão descobrir coisas sobre o (juiz Sérgio) Moro, mas também não posso garantir nada, não conheço sua vida a fundo”, diz.
“De qualquer forma, gosto muito do que está acontecendo no país. O Brasil precisa de uma revigorada e a política que temos é velha demais, precisa ser renovada. Os jovens devem se interessar por política para não ficarmos nessa situação terrível, em que cada um cuida de seus próprios interesses e ninguém cuida dos interesses da coletividade”, defende.
Sobre expor publicamente suas opiniões, ao contrário do que fazem muitos artistas, Fontoura não se arrepende: “Sou um cidadão comum que tem interesse sobre as coisas de seu país. E não omito minhas opiniões. Por que teria? Vivo num regime democrático. Posso gostar ou não das coisas e tenho direito de dizer. Não vejo motivo para não aproveitar nossa liberdade para expor minhas ideias”.
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