Condutor que atropelou mulher e morreu Hospital Regional, se apresenta na Delegacia e permanece em silêncio

Ernest Schillings Filho, de 74 anos, foi acompanhado de três advogados na manhã desta quarta-feira (9)

Da Redação


O condutor da caminhonete Ford/Ranger de cor preta, Ernest Schillings Filho, de 74 anos, que atropelou Marinalva Martins da S. Nóbrega, de 52 anos, e, posteriormente resultou em sua morte no último sábado (5), se apresentou na Delegacia de Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (9). Na frente do delegado Gustavo de Oliveira que preside as investigações ele permaneceu em silêncio.

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Schillings ou “Schilão”, como é conhecido, chegou na unidade policial acompanhado dos advogados Thiago Antonio da Costa, Pedro Isaa Lopes Pini e da advogada Eduarda Breda Fabri.

Durante os procedimentos ele preferiu usar a garantia constitucional que permite não responder as perguntas que lhe sejam feitas, sem que isso seja considerado contra ele, ou seja, permaneceu em silêncio.  

Momento em que a vítima era socorrida pelos bombeiros e a da caminhonete na contramão - Foto: Jornal da Nova

“O investigado expressa, com profunda tristeza, seu pesar pelo ocorrido, que resultou na fatalidade em questão. Lamenta sinceramente o sofrimento causado e se coloca à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários perante o juízo competente, a fim de colaborar com a elucidação dos fatos”, frisa em nota enviada ao Jornal da Nova pelos advogados que representa Ernest Schillings Filho.

Acidente

Por volta das 12h40, do último sábado (5), Marinalva Martins da S. Nóbrega, de 52 anos, estacionou uma motoneta próximo do cruzamento das ruas José Pereira Sobrinho e São José e se dirigia até a Loja Maçônica Tiyokaio Oshiro onde havia uma promoção de pizza, quando foi atropelada pela Ranger dirigida por Schillings, que teria feito uma manobra proibida, ou seja, convergindo à esquerda para ar pela contramão a rua São José.

Ela foi socorrida por uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar e encaminhada o Pronto-Socorro do Hospital Regional, horas mais tarde, não resistiu vindo a óbito.

Ernest Schillings Filho, de 74 anos - Foto: Redes sociais

Pessoas que estiveram no local do acidente, informaram ao Jornal da Nova, que, quando a equipe da Polícia Militar chegou, a caminhonete não estaria mais no mesmo lugar no sinistro de trânsito, o que pode ter alterado a cena do crime de trânsito.

Jornal da Nova também apurou, que, além de não terem encaminhado o condutor da caminhonete para a Delegacia de Polícia, o fato também não foi comunicado na Unidade Policial, pois se tratava de uma ocorrência de lesão corporal até aquele momento, antes de evoluir a óbito.

A comunicação só foi feita pela funerária quando a vítima entrou em óbito na noite de sábado, quase 6h depois, que a Polícia Civil abriu um boletim de ocorrência para realizar os procedimentos para liberação do corpo.

Marinalva Martins da S. Nóbrega, de 52 anos - Foto: Redes sociais

Apuração no Ministério Público

De acordo com o advogado da família de Marinalva, Guilherme Rodrigues Pereira, o filho da vítima, Ewerton Junior Martins da Nóbrega, que é Defensor Público no Mato Grosso, procurou o MPE (Ministério Público Estadual), para abrir um procedimento para apurar a conduta dos policiais militares, com relação a ausência dos protocolos de praxe no dia do sinistro de trânsito, que seria a não realização do bafômetro, preservação do local e condução do condutor até a unidade policial.

Ainda segundo o advogado Guilherme Pereira, ele deve entregar nos próximos dias um ofício na Delegacia de Polícia Civil, onde estará requisitando várias diligências.

A Polícia Civil segue investigando o caso, com diligências e análise e perícias nas imagens obtidas.

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