Cidades & Região / Ivinhema
Dupla que matou adolescente em Ivinhema é condenada a 40 anos
A condenação aconteceu nessa quinta-feira (24), após 13 horas de julgamento
Da Redação
Nilton Fernandes de Souza e Lucas da Silva Cordeiro, foram condenados pelo Tribunal do Júri de Ivinhema a 40 anos e 10 meses de prisão pelo assassinato da adolescente Vitória Caroline de Oliveira Honorato, aos 15 anos. A condenação aconteceu nessa quinta-feira (24), após 13 horas de julgamento e o crime ocorreu em janeiro de 2022, em uma área de brejo próxima à casa da vítima, e foi motivado por ciúmes.
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Segundo o “Ivinoticias”, o julgamento durou mais de 13 horas e foi presidido pelo juiz Rodrigo Barbosa Sanches. A sessão contou com a participação do Ministério Público Estadual, da defesa e da assistência à acusação. A pena de Lucas foi agravada por antecedentes criminais por furto.
As sentenças
Com base na decisão dos jurados, que acolheram todas as qualificadoras apresentadas pela acusação — motivo torpe (ciúmes), dissimulação, meio cruel, feminicídio e impossibilidade de defesa da vítima — o juiz aplicou as penas:
- Nilton Fernandes de Souza: condenado a 19 anos e 8 meses de prisão;
- Lucas da Silva Cordeiro: condenado a 21 anos e 2 meses de prisão, com agravante de antecedentes criminais por furto.
“Eu esperava mais. Foi bom o julgamento, fazer o quê, mas a gente esperava mais. Eu calculei que eles iam tirar mais de 30 anos, porque é merecido eles tomarem isso aí. Mas fazer o quê, não depende da gente. Tem que agradecer o juiz, o pessoal que trabalhou bem aí, com os jurados... e tocar a vida pra frente agora. A esperança era esse julgamento, mas a gente esperava que fosse mais. E agora, só curtir o sofrimento que sobrou pra nós”, disse Edson, pai da adolescente, ao final do julgamento, ao Ivinoticias.
Caso
Vitória Caroline de Oliveira Honorato desapareceu na noite de 25 de janeiro de 2022. Quatro dias depois, seu corpo foi encontrado em um brejo, a poucos metros da residência onde vivia, em Ivinhema. Segundo a Polícia Civil, a jovem foi estrangulada. A investigação apontou que os autores do crime eram vizinhos que a conheciam desde a infância.
As prisões ocorreram no mesmo dia em que o corpo foi localizado. À época dos fatos, o delegado Felipe Alvares Madeira afirmou que o inquérito confirmou a premeditação e a crueldade do assassinato. O terceiro suspeito inicialmente detido não foi julgado neste processo. Até o encerramento das investigações, não havia indícios concretos de violência sexual.
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