'Mentora intelectual' de assassinato na Teijin vai a julgamento em Nova Andradina

Tribunal do Júri está previsto para iniciar às 13h desta terça-feira (20)

Da Redação


Bruna Daniela de Oliveira, de 33 anos, a mentora intelectual de ass Valdomiro Pereira, de 54 anos, conhecido como “Mirim”, vai a julgamento nessa terça-feira (20), no Tribunal do Júri, em Nova Andradina.

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Na companhia de Alex José Alves, de 23 anos, ela tramou a morte da vítima, por causa de dinheiro. Para Alex, ele receberia R$ 10 mil para ajudar na execução.

O julgamento está previsto para iniciar às 13h. Bruna Daniela está presa na cadeia de Jateí e vai ser defendida pela Defensoria Pública. Já o corréu Alex José Alves continua preso e aguarda o julgamento do recurso contra a sentença de pronúncia.

Alex José Alves - Foto: Redes sociais

Autos

Os denunciados, Bruna Daniela de Oliveira e Alex José Alves, mediante divisão de tarefas, subtraíram para si, mediante violência exercida com emprego de arma de fogo, a quantia de R$ 35 mil, de modo que da violência acarretou a morte da vítima Valdomiro Pereira.

Conforme as investigações, na data dos fatos, aproveitando-se do relacionamento extraconjugal com o ofendido, Bruna se dirigiu até o Assentamento Tejin, manteve relação sexual com Valdomiro e colocou um medicamento não identificado em sua bebida, com o intuito de dopá-lo, em seguida, retornou ao distrito de Nova Casa Verde e se encontrou com Alex.

Ao anoitecer, os denunciados dirigiram-se até a aludida propriedade, em uma motocicleta, oportunidade que Bruna adentrou no imóvel, enquanto Alex desligou o padrão de energia e permaneceu na porteira, para garantir a execução do crime.

Valdomiro Pereira, de 54 anos, conhecido como Mirim - Foto: Redes sociais

Após o aval da acusada, Alex entrou na residência, permaneceu na parte externa e verificou que a vítima estava desnorteada, em virtude dos medicamentos ministrados anteriormente pela Bruna, com o intuito de facilitar a prática criminosa.

Neste momento, Bruna subtraiu o aparelho celular de Valdomiro, localizou um revólver, entregou para Alex desferir os tiros, mas o denunciado não conseguiu efetuá-los.

Em continuidade, Bruna se apossou da arma de fogo e efetuou três disparas contra Valdomiro, atingindo as regiões do flanco esquerdo, esternal e clavícula direita. Ato continuo, os acusados evadiram do local, arremessaram o artefato e a chave do veículo da vítima em um rio pelo caminho.

Policiais civis em diligências - Foto: Polícia Civil/Divulgação

No dia seguinte, Alex, com o intuito de garantir a impunidade do delito, dificultando as investigações, se dirigiu novamente à propriedade da vítima, retirou as câmeras de monitoramento, o modem e o DVR, colocou-os em uma bolsa e dispensou na estrada que liga o distrito de Nova Casa Verde a cidade de Nova Andradina.

Posteriormente, após tentativas com diversas pessoas, Alex contatou um homem e solicitou empréstimo de uma conta bancária do Banco do Brasil para efetivar a transferência dos valores subtraídos da conta bancária do ofendido para posterior saque. Para tanto, o denunciado disse que os valores eram provenientes de uma venda de gado realizada por Bruna.

Assim, já em e do aparelho celular da vítima, Bruna transferiu, via aplicativo bancário, o valor de R$ 35 mil para a conta bancária do homem, oriundo da conta de Valdomiro. Em seguida, foram até a agência do Banco do Brasil e homem sacou R$ 8 mil no caixa interno, bem como R$ 5 mil no caixa externo, entregando-os diretamente à acusada.

Polícia recupera objetos - Foto: Polícia Civil/Divulgação

Já no dia 13 de setembro de 2023, os denunciados tentaram sacar o valor remanescente, mas não lograram êxito, devido ao limite de saque imposto pela instituição bancária.

Ocorre que, ao questionar os acusados acerca da origem da quantia e com a resposta contraditória apresentada por eles, o homem constatou que Valdomiro era o indivíduo conhecido como "Mirim", morto dias antes. Dessa forma, dando-se conta da empreitada criminosa, o homem efetuou uma transferência via PIX no valor de R$ 27 mil para a conta bancária de Bruna e informou o fato a ex-esposa da vítima.

Nesse interim, após receber informação do óbito e encetar diligencias na identificação da autoria delitiva, a Policia Civil localizou Alex nas margens da rodovia que liga Taquarussu e Bruna no posto de combustível daquela cidade, ambos em processo de fuga.

Momento da prisão de Bruna e Alex - Foto: Jornal da Nova

Em solo policial, Bruna itiu a prática criminosa, mas exerceu a direito de permanecer em silêncio em relação aos detalhes dos fatos.

Em contrapartida, Alex José confessou a prática delituosa em conluio com a denunciada e relatou a dinâmica pormenorizada.

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