Policial / Polícia
Delegado descarta feminicídio no caso da mulher de Angélica que morreu no Hospital Regional
Diego Henrique Rosa Silva, delegado titular de Angélica pediu a revogação da prisão do suspeito
Da Redação
O delegado titular de Angélica, Diego Henrique Rosa Silva, descartou o crime de feminicídio contra Graciane de Sousa Silva, de 40 anos, que morreu na madrugada do último domingo (25), no Hospital Regional em Nova Andradina. Conforme boletim de ocorrência, ela teria sofrido uma série de agressões por parte do marido identificado por José Robério Viana de Souza, em Angélica, cidade que ela residia.
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“Ainda estou investigando o caso. Eu não descarto totalmente uma violência doméstica, mas o que eu posso adiantar é que as lesões não tem relação com evento morte e isso já ficou claro, ela morreu por infecção”, disse o delegado.
Nessa quarta-feira (28), houve busca na residência e nada foi encontrado que possa comprovar uma violência doméstica, nada escrito, na de sinais de violência, tudo que tinha era muito antigo, não tinha porta arrombada e no celular da vítima também nada foi encontrado nenhuma mensagem que fala para alguém que estava sendo agredido, apenas que ela estava com dor abdominal, na coluna e que já havia procurado o hospital.
“Por enquanto o feminicídio está descartado, tanto que solicitei a revogação do pedido de prisão do suspeito, mas vou mandar o prontuário médico para a perícia indireta para confirmar que as pequenas lesões são decorrentes da internação”, explica o delegado Diego Henrique.
“Não descarto que possa ter havido alguma violência doméstica, o caso ainda está em investigação”, finaliza.
Caso
De acordo com o boletim de ocorrência, atendentes do Hospital ABA (Associação Beneficente Angélica) acionaram a Polícia Civil no último dia (22), informando que Graciane de Sousa Silva, de 40 anos, deu entrada na unidade hospitalar na noite anterior, a qual segundo relatos havia sido agredida fisicamente por seu convivente.
Em diligências ao hospital, um investigador em contato com a vítima, ela informou que convive com o suspeito há sete anos e que ele a agride constantemente.
Informou ainda que, de sábado (17), até quarta-feira (21), foi violentamente agredida pelo homem na residência do casal. Ela foi socorrida pelo proprietário do imóvel. Por fim, relatou que o convivente a chutou por muitas vezes em sua barriga, ombros e nas costas.
Após receber cuidados médicos em Angélica e devido a gravidades dos ferimentos, ela foi transferida para o Hospital Regional, em Nova Andradina, mas na madrugada deste domingo (25), não resistiu.
Espontaneamente, o suspeito foi até a Delegacia de Polícia Civil, onde em depoimento, negou os fatos.
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