Chacina em Osasco: dos 19 investigados, 18 são policiais militares

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A Justiça autorizou neste sábado a busca e apreensão na casa de cinco policiais militares de Osasco investigados por envolvimento na chacina que deixou 18 mortos na região. Os pedidos da corregedoria da PM foram encaminhados para o juiz de plantão. A lista de investigados tem 19 nomes, sendo que 18 são policiais militares. Nenhum deles é oficial, ou seja, são soldados, cabos ou sargentos – as mais baixas patentes da hierarquia da corporação.

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Os depoimentos de dois sobreviventes apontam que uma viatura deu cobertura para a ação dos executores.

A maior chacina do ano no Estado deixou 18 mortos em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo. Depois de anunciar recompensa de até R$ 50 mil por informações para o caso, o governador Geraldo Alckmin pouco tem falado sobre a apuração dos crimes. Neste sábado, no interior do Estado, sinalizou avanço nos trabalhos.

Além de policiais militares, os indícios apontam para o envolvimento de guardas civis metropolitanos da região. Na semana ada, armas de GCMs foram apreendidas para o confronto balístico.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou a chacina e cobrou ações do governo estadual. Em resposta, Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) disse neste sábado que a comissão “mostra total desinformação derivada de precipitação”.

Em nota divulgada na sexta-feira, a OEA afirmou, segundo ela com base em dados oficiais, que 56 pessoas foram mortas em massacres, até este momento, em São Paulo, em 2015. Ainda segundo a organização, menos de 8% dos casos de mortes ocorridas em situações que a polícia qualifica como “enfrentamentos” chegam a julgamento em São Paulo.

De acordo com o governo de São Paulo, há erros da organização “tanto no tocante ao número de homicídios praticado por policiais, quanto no percentual de investigações e análises pela Justiça”.

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